ABSTRACT This is an analytical paper that fits within a specific and controversial dispute faced by English as a Lingua Franca (ELF) scholars, which still reverberates in studies, within the field of Applied Linguistics. The ELF field has been questioned during its development; the fiercest criticisms seem to have derived from a Marxist stance. In this scenario, departing from four significant articles depicting the ‘attacks and defenses’ published in the Applied Linguistics journal between the years of 2014 and 2015, this paper aims to analyze these publications elucidating some of the points of disagreement that the authors present to subsequently put forward a different understanding on ELF, one sublated by a Marxist epistemological stance, capable of answering to some of O’Regan’s criticisms addressed towards this field. The Marxist epistemological stance of this study derives from its affiliation with Vygotsky’s Cultural-Historical approach to human development based on dialectical and historical materialism. In this vein, this paper attempts a dialectical movement of aufhebung proposing to abolish, preserve and transcend some aspects of ELF still open to such criticism, while dialectically proposing ELF as a Vygotskian scientific concept and then, endeavoring to answer to some of O’Regan’s criticisms.
RESUMO Este é um artigo analítico que se enquadra em uma disputa específica e controversa enfrentada pelos estudiosos do Inglês como Língua Franca (ILF) que ainda reverbera em estudos no campo da Linguística Aplicada. O ILF, como área, foi questionado durante seu desenvolvimento e suas maiores críticas parecem derivar de uma postura marxista. Nesse cenário, a partir de quatro artigos que retratam os ataques e defesas publicados na revista Applied Linguistics entre os anos de 2014 e 2015, este trabalho objetiva analisar essas publicações, elucidando alguns de seus pontos de divergência para, posteriormente, apresentar uma compreensão sobre ILF superada por uma postura epistemológica marxista, com potencial de responder algumas das críticas que O’Regan dirige ao campo. A postura epistemológica marxista deste estudo deriva de sua filiação à abordagem histórico-cultural de Vigotski para o desenvolvimento humano embasado no materialismo histórico-dialético. Nesse sentido, este artigo tenta fazer um movimento dialético de aufhebung, propondo superar por incorporação (abolir, preservar e transcender) alguns aspectos que ainda possibilitam tais críticas ao ILF, ao mesmo tempo em que apresenta, dialeticamente, o ILF como um conceito científico vigotskiano para, então, tentar responder a algumas das críticas recebidas de O’Regan.